Major, Tenente e Sargento São Réus em Ação Penal Militar por Venda de Veículos Apreendidos

Três policiais militares, incluindo um major, um tenente e um sargento, foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) e agora respondem a uma Ação Penal Militar por suspeita de se apropriarem e venderem veículos apreendidos em quartéis da região oeste do estado. A descoberta do caso ocorreu após outros militares levantarem suspeitas sobre o extravio de veículos e denunciarem o ocorrido aos superiores.

De acordo com a investigação, os veículos, incluindo carros e motocicletas, eram retirados dos pátios das unidades militares e, em muitos casos, vendidos como sucata por valores que chegavam a R$ 10 mil. Ao todo, o inquérito aponta que os policiais envolvidos se apropriaram e venderam 09 carros e 30 motocicletas entre o final de 2021 e o início de 2022.

Os acusados são o major Dianyr Jales da Silva, o 2º tenente Adelman Lustosa Neto e o 3º sargento Cícero Gomes da Silva Neto, que agora respondem por peculato e extravio de veículos, conforme o Código Penal Militar, além de acusação por integrar organização criminosa. Caso sejam condenados à pena máxima, poderão cumprir até 30 anos de prisão.

Segundo a denúncia, o major Dianyr, então comandante da 4ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) Lagoa da Confusão, Cristalândia, Pium, Fátima, Nova Rosalândia e Santa Rita), teria autorizado o tenente Lustosa e o sargento Silva Neto a venderem os veículos apreendidos. Os veículos eram retirados por guinchos e levados a ferros-velhos da região. As irregularidades foram reveladas quando outros oficiais perceberam uma movimentação atípica e registraram a denúncia.

Relatos de compradores indicam que motos foram adquiridas por cerca de R$ 1 mil cada, revendidas por até R$ 3 mil após manutenção. Carros eram vendidos como sucata, e parte do dinheiro era, conforme a investigação, repassada aos militares. Documentos de controle de veículos apreendidos foram extraviados em ao menos dois destacamentos da PM.

Os advogados dos réus afirmam a inocência de seus clientes e esperam que o processo esclareça os fatos. O caso está em andamento na Vara da Justiça Militar, em Palmas, e a Polícia Militar informou estar realizando o levantamento de informações sobre o ocorrido.

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