A Justiça Eleitoral determinou a suspensão de uma pesquisa eleitoral em Santa Maria do Tocantins, atendendo a uma representação feita pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) municipal. A decisão foi tomada após a identificação de diversas irregularidades no levantamento conduzido pela empresa M. Vieira da Silva Barros/QualiQuanti Gauss.
Segundo o MDB, a pesquisa, registrada no sistema PesqEle sob o número TO-07772/2024, apresentava sérias falhas que comprometiam sua confiabilidade. Entre os problemas apontados, estava a ausência de um detalhamento sobre a distribuição dos entrevistados pelos bairros, essencial para garantir a representatividade dos dados. Além disso, seis das perguntas do questionário não tinham relação direta com o contexto da eleição municipal. Essas perguntas abordavam temas como o desempenho do Presidente da República, do Governador do Estado e do Prefeito de Santa Maria do Tocantins, bem como obras e serviços da atual gestão.
Outro ponto de crítica foi a discrepância entre os dados apresentados pela pesquisa e os números oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por exemplo, enquanto o TSE registra que 6,3% dos eleitores de Santa Maria do Tocantins são analfabetos, a pesquisa indicava um índice de 51%.
Diante dessas irregularidades, a juíza eleitoral Luciana Costa Aglantzakis decidiu suspender a divulgação dos resultados da pesquisa. Em sua decisão, a juíza destacou que a divulgação de uma pesquisa irregular poderia influenciar o pleito eleitoral, apresentando uma realidade distorcida ao eleitorado e causando desequilíbrio na disputa.
A decisão também inclui a aplicação de uma multa de R$ 10.000,00 em casot de descumprimento e a notificação da empresa responsável pela pesquisa.