Por Farol Tocantinense.
O Corpo de Guilherme Roberto Otaviani Grasse, de 29 anos, suposto responsável pela morte de sua própria mãe, a advogada Lourdes Otaviani, de 71 anos, permanece sob custódia do Instituto Médico Legal (IML) de Paraíso do Tocantins. Durante a noite de quinta-feira (29), ele foi submetido a exames de necropsia.
Ambos residiam em Paraíso do Tocantins. Em janeiro, a advogada foi hospitalizada com graves ferimentos, suspeitos de serem resultado de agressão física. O incidente foi reportado às autoridades policiais e ela veio a óbito no Hospital Geral de Palmas (HGP) em 24 de fevereiro.
Até o momento em que foi conduzido ao IML pela equipe responsável, durante a manhã, nenhum familiar se pronunciou para reivindicar o corpo. Conforme informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), os esforços estão em curso para contatar o pai da vítima.
O corpo de Guilherme exibia sinais de ferimentos causados por disparos de arma de fogo. A Polícia Militar relatou que uma amiga do falecido estava na fazenda no momento dos eventos e afirmou ter presenciado uma invasão ao local. Segundo seu relato à PM, ouviu-se gritos e tiros
Uma perícia foi realizada na fazenda onde o corpo foi encontrado, enquanto o caso de homicídio está sendo investigado pela 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Paraíso do Tocantins). Até o final do dia, nenhum suspeito havia sido identificado como autor do crime.
A advogada Lourdes Otaviani faleceu no Hospital Geral de Palmas (HGP) em 24 de fevereiro, após uma internação na UTI devido a ferimentos graves, suspeitos de serem resultado de violência doméstica. Guilherme, seu filho, foi considerado como principal suspeito, sendo inclusive indiciado pela Polícia Civil por lesão corporal grave antes do falecimento de Lourdes.
O delegado regional de Paraíso, Bruno Monteiro Baeza, declarou: ” A vítima apresentava sinais externos condizentes com violência doméstica, não compatíveis com um ataque de animal. Outros elementos de prova coletados durante a investigação indicam que o autor, o agressor, seria o próprio filho da vítima.”
Uma acompanhante de Lourdes relatou à polícia que a idosa apareceu em sua residência naquela manhã, exibindo contusões pelo corpo, em seguida o filho dela, visivelmente alterado.
Devido ao estado emocional de Guilherme, a mulher que prestou socorro a Lourdes solicitou ajuda aos militares do Corpo de Bombeiros para transportar a idosa ao hospital. Diante dessas circunstâncias, a polícia orientou o registro de um boletim de ocorrência para investigar a suspeita de violência na Delegacia de Polícia Civil.
De acordo com as autoridades, Guilherme também é suspeito de envolvimento na morte da avó em 2021. Em ambos os casos, as vítimas foram agredidas e faleceram no hospital.
Embora a polícia e o Ministério Público (MPE) tenham solicitado a prisão de Guilherme, o pedido foi negado pela juíza da vara criminal de Paraíso.