Pequi (nome científico: Caryocar brasiliense) é uma fruta típica do Cerrado, cuja nomenclatura vem da língua tupi e significa “pele espinhosa”.

O pequizeiro é uma copa frondosa que pode atingir 12 metros de altura. Suas folhas são grandes, cada uma composta por três folíolos grandes, cobertos por penas felpudas e com pontas serrilhadas.

Seus frutos são do tamanho de uma maçã e têm casca verde. Dentro há um caroço coberto com polpa comestível amarela macia. Abaixo da carne há uma camada de espinhos bem finos, por isso é preciso ter cuidado ao mastigar o pequi cozido. Sob os espinhos está uma amêndoa macia e muito saborosa. O período de produção de frutas é de novembro a janeiro. O pequi pode levar até um ano para germinar, mas menos da metade das sementes germinam.

De todas as frutas nativas do Cerrado, o pequi é a mais consumida e comercializada, bem como a mais bem estudada sob os aspectos nutricional, ecológico e econômico. Sobretudo em Tocantins, Goiás e no norte de Minas, mas também em outras regiões do Cerrado, o pequi tem grande importância para a população agroextrativista e para a economia local. Alguns catadores e comerciantes de pequi obtêm até 80% de sua renda anual da cadeia produtiva da fruta.

O pequi é muito utilizado na culinária regional em deliciosos pratos como o arroz com pequi ou ainda como tempero, conservas e como matéria-prima para a produção de licores, sorvetes e ração animal, é uma fruta muito versátil. Sua polpa possui o dobro de vitamina C de uma laranja e também é rica em vitaminas A, E é carotenoides. Tais fatores tornam a fruta uma aliada no combate ao envelhecimento e na prevenção de doenças relacionadas à visão. Mas os benefícios vão além: suas amêndoas são utilizadas na produção de um rico óleo com efeitos anti-inflamatórios, cicatrizantes e gastroprotetores.

Com uso bem menos difundido que a polpa, a castanha de pequi também apresenta grande potencial para diversos usos. Pode ser apreciado cru, torrado, salgado ou caramelizado. Seu óleo é aromático e pode ser usado para fazer cosméticos. Também se faz licor de castanha, muito mais puro que a polpa.

Porém, outras partes do pequizeiro também são úteis, como: a madeira tem boa durabilidade, é utilizada na construção de casas e cercas; as flores servem de alimento aos animais; a casca produz um corante de excelente qualidade; as folhas e o óleo da polpa têm diversos usos medicinais; a árvore, frondosa e muito bonita, é ornamental.

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