Suspeito de homicídio em Araguaína teria observado vítimas durante comemoração em praça, pouco antes do crime, diz Ministério Público

O Ministério Público do Estado (MPTO) apresentou denúncia contra o suspeito de matar a tiros André Nascimento Lima, de 33 anos, atual namorado da ex-companheira, e atirar no próprio filho em Araguaína, no norte do estado. De acordo com as informações fornecidas pelo MPTO, o suspeito teria observado as vítimas durante uma comemoração em uma praça da cidade antes de cometer o crime.

O caso ocorreu na madrugada de 26 de março deste ano. Raimundo, servidor da prefeitura, teria invadido a casa da ex-companheira por volta da 1h, disparando contra André e, em seguida, contra a ex-mulher e o filho, que tentou proteger a mãe.

A advogada de Raimundo, Geisa Claudia Alves de Almeida Fernandes, declarou que ainda não teve acesso à denúncia, mas que se pronunciará após a instrução processual.

Segundo a denúncia do MP, apresentada à Justiça em 12 de abril, no dia do crime, a ex-mulher estava celebrando seu aniversário em uma praça no setor Noroeste. Na comemoração estavam presentes um casal de amigos, os cinco filhos e André. Raimundo teria sido visto observando a ex-mulher à distância durante o evento.

Posteriormente, a ex-mulher enviou os filhos para casa em um carro de aplicativo e, junto com os amigos, dirigiu-se a um bar na cidade.

Ao retornar para casa, a ex-companheira encontrou Raimundo na porta e uma discussão teve início, violando a medida protetiva. A Polícia Militar foi acionada, mas o suspeito deixou o local.

Na madrugada, ele retornou à residência, onde atirou em André e tentou se esconder com a ex-mulher e os cinco filhos em um quarto. Raimundo forçou a entrada e disparou contra a família. Os tiros atingiram um dos filhos, um adolescente de 16 anos.

Após o crime, o suspeito fugiu e a Polícia Civil emitiu um cartaz informando que ele estava na lista de procurados. Em 29 de março, Raimundo se entregou às autoridades.

Raimundo foi denunciado por homicídio qualificado pelo uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, pela morte de André, e por tentativa de homicídio qualificado, em razão do gênero e por motivo torpe, pelos disparos contra a ex-mulher e o filho.

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