O farmacêutico Robson Barbosa da Costa, de 39 anos, foi condenado a mais de 39 anos de prisão por ser o mandante do assassinato do advogado Danillo Sandes Pereira, de Araguaína. A decisão foi tomada pelo júri popular na tarde desta quarta-feira (25), e a pena deverá ser cumprida em regime fechado. Robson não terá o direito de recorrer em liberdade.
O crime aconteceu em julho de 2017, e Robson foi identificado como o mandante. O julgamento, iniciado na terça-feira (24), seria realizado em conjunto com o do policial militar do Pará, João Oliveira Santos Júnior, de 42 anos, apontado como o executor. No entanto, a defesa de João Oliveira solicitou o depoimento de uma testemunha, outro policial do Pará, o que foi aceito pelo juiz Carlos Roberto de Sousa Dutra, presidente da sessão do Tribunal do Júri. Com isso, o processo foi desmembrado, e João Oliveira será julgado em dezembro.
Robson era cliente de Danillo e envolvido em um inventário no valor de R$ 7 milhões. A denúncia do Ministério Público apontou que os herdeiros envolvidos no caso tinham a intenção de sonegar bens e valores. O advogado, após ingressar com uma ação de cobrança, obteve decisão judicial que obrigava Robson a vender um caminhão para quitar a dívida. Pouco depois, Danillo deixou o caso, mas foi atraído para uma emboscada e executado com dois tiros. O corpo foi encontrado dias depois em uma área próxima à rodovia de Filadélfia.
A investigação apontou que o crime foi premeditado. Durante o julgamento, os jurados acataram a tese da promotoria de que o homicídio foi qualificado, tendo sido cometido mediante pagamento, por motivo torpe, com dissimulação e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Além da acusação de homicídio qualificado, Robson foi condenado por associação criminosa, ocultação de cadáver e posse ilegal de armas, uma vez que armamentos e munições foram encontrados em sua residência durante o cumprimento do mandado de prisão. A pena total soma 39 anos e 3 meses de reclusão, além de 1 ano e 3 meses de detenção.
Robson Barbosa da Costa, Wanderson Silva de Souza, Rony Macedo Alves Paiva e João Oliveira Santos Júnior foram indiciados pela Polícia Civil em novembro de 2017. Robson foi apontado como o mandante e os militares como executores. Em setembro de 2022, Wanderson e Rony foram condenados a mais de 25 anos de prisão. Em junho de 2023, após recurso do Ministério Público, a pena foi aumentada para 32 anos.
Danillo Sandes foi assassinado em julho de 2017 em meio a uma disputa por uma herança de R$ 7 milhões. Após deixar o caso e cobrar uma dívida referente ao trabalho, o advogado foi atraído para uma emboscada. Rony Macedo teria intermediado a contratação dos pistoleiros, Wanderson e João Oliveira, por R$ 40 mil para executar Danillo.
No dia 25 de julho de 2017, Danillo marcou um encontro com os militares, que o levaram para Filadélfia. Durante o percurso, ele foi morto com dois tiros na nuca e seu corpo foi escondido em um matagal, sendo encontrado dias depois por um morador da região. Todos os envolvidos respondem pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa.