Uma operação coordenada pela Polícia Federal e pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Tocantins (FICCO/TO) resultou na maior apreensão de cocaína dos últimos 15 anos no estado. O flagrante ocorreu na quarta-feira (9), no município de Fátima, onde agentes interceptaram um caminhão transportando 556 kg da droga escondida em uma carga de melancias.
O motorista do veículo, de 37 anos, confessou que receberia R$ 20 mil pelo transporte dos entorpecentes. Ele relatou que foi abordado em Porto Nacional por dois homens que chegaram em uma picape branca e propuseram o esquema. Segundo o caminhoneiro, devido a dificuldades financeiras, ele aceitou a oferta, mas não acompanhou o carregamento da droga.
Investigação e Prisões
Além do motorista, dois suspeitos foram presos e devem passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (10). Outras duas pessoas chegaram a ser conduzidas para prestar esclarecimentos, mas foram liberadas posteriormente.
A ação contou com apoio do Grupo Especial de Fronteira de Mato Grosso (GEFRON/MT), e os indícios apontam que a cocaína pode ter sido produzida na Bolívia, Peru ou Colômbia. No momento da apreensão, além da droga, as equipes de segurança confiscaram dinheiro em espécie, veículos utilizados no transporte e cinco armas de fogo, incluindo pistolas e carabinas com numeração raspada e sem registro legal.
Tramitação na Justiça
Apesar de pedido do Ministério Público Federal para decretação da prisão preventiva dos suspeitos, a 4ª Vara Federal Criminal do Tocantins encaminhou o caso à Justiça Estadual. Conforme destacou o juiz substituto Hallisson Costa Glória, “não restou minimamente evidenciada a transnacionalidade do ilícito”, uma vez que as drogas foram interceptadas dentro do território nacional.
Agora, o caso será conduzido pelo Juízo da Vara Criminal da Comarca de Porto Nacional, onde as próximas etapas do processo serão definidas.
Penas Podem Ultrapassar 47 Anos de Reclusão
Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, posse ilegal de armas de fogo de uso restrito e proibido. Somadas, as penas dos acusados podem ultrapassar 47 anos de reclusão.
A apreensão reforça o compromisso das forças de segurança no combate ao narcotráfico e à criminalidade organizada no Tocantins.
